terça-feira, 9 de março de 2010

Manifesto pela defesa da Reforma Agrária

- Caros amigos!

- Diante dos cada vez mais constantes ataques à Reforma Agrária pelos mesmos personagens que pregam a defesa do capitalismo pleno e "se esquecem" que a concentração de terra é contra-produtiva no próprio capitalismo pleno

- Essas mesmas pessoas que costumam se espelhar nos países centrais, mas que escondem a reforma agrária que esses fizeram

- E que fazem 'vista grossa' para todos os crimes e assassinatos cometidos contra os 'sem-terra' e que nunca foram julgado

- E que querem criminalizar o maior movimento organizado de reforma agrária de forma generalizada

- E que recebem todo o apoio da mídia (que diga-se de passagem se estabeleceu e se fortaleceu no Brasil durante o regime ditatorial militar)

- Diante disso tudo, alguns jornalistas fizeram um manifesto interessante:


Manifesto - Denuncie a ofensiva dos setores conservadores contra a reforma agrária!

Está em curso uma ofensiva conservadora no Brasil contra a reforma agrária, e contra qualquer movimento que combata a desigualdade e a concentração de terra e renda. E você não precisa concordar com tudo que o MST faz para compreender o que está em jogo.

Uma campanha orquestrada foi iniciada por setores da chamada “grande imprensa brasileira” – associados a interesses de latifundiários, grileiros - e parcelas do Poder Judiciário. E chegou rapidamente ao Congresso Nacional, onde uma CPMI foi aberta com o objetivo de constranger aqueles que lutam pela reforma agrária.

A imagem de um trator a derrubar laranjais no interior paulista, numa fazenda grilada, roubada da União, correu o país no fim do ano passado, numa campanha claramente orquestrada. Agricultores miseráveis foram presos, humilhados. Seriam os responsáveis pelo "grave atentado". A polícia trabalhou rápido, produzindo um espetáculo que foi parar nas telas da TV e nas páginas dos jornais. O recado parece ser: quem defende reforma agrária é "bandido", é "marginal". Exemplo claro de “criminalização” dos movimentos sociais.

Quem comanda essa campanha tem dois objetivos: impedir que o governo federal estabeleça novos parâmetros para a reforma agrária (depois de três décadas, o governo planeja rever os “índices de produtividade” que ajudam a determinar quando uma fazenda pode ser desapropriada); e “provar” que os que derrubaram pés de laranja são responsáveis pela “violência no campo”.

Trata-se de grave distorção.

Mal comparando, seria como se, na África do Sul do Apartheid, um manifestante negro atirasse uma pedra contra a vitrine de uma loja onde só brancos podiam entrar. A mídia sul-africana iniciaria então uma campanha para provar que a fonte de toda a violência não era o regime racista, mas o pobre manifestante que atirou a pedra.

No Brasil, é nesse pé que estamos: a violência no campo não é resultado de injustiças históricas que fortaleceram o latifúndio, mas é causada por quem luta para reduzir essas injustiças. Não faz o menor sentido...

A violência no campo tem um nome: latifúndio. Mas isso você dificilmente vai ver na TV. A violência e a impunidade no campo podem ser traduzidas em números: mais de 1500 agricultores foram assassinados nos últimos 25 anos. Detalhe: levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra que dois terços dos homicídios no campo nem chegam a ser investigados. Mandantes (normalmente grandes fazendeiros) e seus pistoleiros permanecem impunes.

Uma coisa é certa: a reforma agrária interessa ao Brasil. Interessa a todo o povo brasileiro, aos movimentos sociais do campo, aos trabalhadores rurais e ao MST. A reforma agrária interessa também aos que se envergonham com os acampamentos de lona na beira das estradas brasileiras: ali, vive gente expulsa da terra, sem um canto para plantar - nesse país imenso e rico, mas ainda dominado pelo latifúndio.

A reforma agrária interessa, ainda, a quem percebe que a violência urbana se explica – em parte – pelo deslocamento desorganizado de populações que são expulsas da terra e obrigadas a viver em condições medievais, nas periferias das grandes cidades.

Por isso, repetimos: independente de concordarmos ou não com determinadas ações daqueles que vivem anos e anos embaixo da lona preta na beira de estradas, estamos em um momento decisivo e precisamos defender a reforma agrária.

Se você é um democrata, talvez já tenha percebido que os ataques coordenados contra o MST fazem parte de uma ofensiva maior contra qualquer entidade ou cidadão que lutem por democracia e por um Brasil mais justo.

Se você pensa assim, compareça ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, no próximo dia 11 de março, e venha refletir com a gente:

- por que tanto ódio contra quem pede, simplesmente, que a terra seja dividida?

- como reagir a essa campanha infame no Congresso e na mídia?

- como travar a batalha da comunicação, para defender a reforma agrária no Brasil?

É o convite que fazemos a você.

Assinam:

Altamiro Borges

Antonio Martins

Dênis de Moraes

Hamilton Octavio de Souza

Igor Fuser

João Brant

João Franzin

Jorge Pereira Filho

José Arbex Jr

Laurindo Lalo Leal Filho

Luiz Carlos Azenha

Renato Rovai

Rodrigo Savazoni

Rodrigo Vianna

Sérgio Gomes

Vânia Alves

Verena Glass


- O problema, caros amigos, é que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) é um dos grandes latifundiários do Brasil.....

- Veja, nesse vídeo, nas entrelinhas, como o Ministro Joaquim Barbosa afirma:" Vossa excelência não está falando com um dos seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar"




Bom dia.... e boa sorte!



fonte:

O escrevinhador - blog de Rodrigo Vianna (http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/como-barrar-a-ofensiva-dos-latifundiarios-no-brasil)

site youtube (www.youtube.com)



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